Publicado em 03/12/2017 às 12:01, Atualizado em 03/12/2017 às 09:21

TRE-MS considera ilícito vídeo de prefeita comprando voto; Procuradoria pede prioridade no julgamento

Depois de diploma cassado duas vezes e a sentença reformada pelo Tribunal Regional Eleitoral, a prefeita de Fátima do Sul Ilda Machado fica em definitivo no cargo.

Redação,
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Prefeita de Fátima do Sul que teve a expedição do diploma cassada tomou posse no dia 1º de janeiro de 2017 (Foto: Gessé André/TV Morena/Arquivo)

Quase um ano depois das eleições, o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) anulou a cassação da chapa da prefeita de Fátima do Sul, Ilda Machado (PR), município ao sul do estado, e considerou ilícito o vídeo em que ela aparece tirando o dinheiro da roupa para entregar ao eleitor. O valor era R$ 700 supostamente para comprar três votos.

A decisão foi unânime ao acolher a prejudicial de mérito e deu provimento ao recurso da prefeita. Essa foi a quarta decisão sobre o caso. As duas primeiras, de primeira instância, cassaram o mandato e a penúltima o tribunal reformou e manteve Ilda no cargo.

A Procuradoria Regional Eleitoral pediu prioridade no julgamento em razão que o “início da jurisdição especial, provocada pela interposição do REspe, depende da decisão dessa”.

O pedido de ação de investigação eleitoral foi feito pela Coligação “Respeitando Nossa Gente”, do único adversário Júnior Vasconcelos (PSDB). Ilda Machado foi eleita com 51,67% dos votos contra 48,33%. Dos 16.097 eleitores, 13.902 compareceram às urnas e a abstenção foi de 13,64%.

Segundo a ação, no dia 22 de setembro, cabos eleitorais da candidata à prefeitura do PR estiveram no bairro Jardim dos Ipês, na parte da manhã, avisando que Ilda Machado iria à tarde distribuir dinheiro. Como dito, um eleitor recebeu a visita da candidata que perguntou se precisava de algo.

Depois perguntou se R$ 500 resolveria a situação e entregou o valor, conversando sobre os três votos da residência – dele, da mulher dele e outro morador. O eleitor pediu mais dinheiro em nome da mulher dele. Ilda tirou da roupa dela mais R$ 200 e lhe entregou. Tudo foi gravado.

A defesa da candidata pediu a anulação das provas por teriam sido obtidas por meio ilícitos. Além disso, acusou o vídeo de ter sido editado e o eleitor de estar passando por dificuldades financeiras por estar desempregado.

Conteúdo G1 MS