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09/10/2017 às 11:30, Atualizado em 09/10/2017 às 11:11

Temer abre os cofres para bancada federal de MS enterrar seu processo

Planalto pagou mais de R$ 17 milhões de emendas.

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Marun, líder da tropa de choque, foi o menos beneficiado - Valter Campanato/Agência Brasil

Nos últimos 60 dias, entre a primeira e a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer pagou R$ 17,219 milhões das emendas que os deputados federais sul-mato-grossenses apresentaram ao orçamento da União deste ano.

O valor representa 36,68% dos R$ 46,944 milhões empenhados (procedimento contábil que antecede o pagamento) nos primeiros sete meses do ano.

De acordo com relatório da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, atualizada em 30 de setembro, sete deputados federais foram beneficiados com as liberações, dos quais quatro votaram pelo arquivamento da primeira denúncia e outros três para que houvesse a investigação.

Até o dia 30 de setembro, Carlos Marun (PMDB), considerado da tropa de choque de Temer no Congresso Nacional, conseguiu garantir o pagamento de R$ 600 mil; Mandetta (DEM), que é do partido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, aliado do presidente da República, viabilizou R$ 1,515 milhão.

Outra aliada do Palácio do Planalto no Congresso Nacional, que até brigou com a executiva nacional do PSB, a deputada Tereza Cristina teve assegurado nos últimos 60 dias o pagamento de R$ 1,959 milhão.

Já Elizeu Dionizio, que é do PSDB, partido rachado sobre as denúncias envolvendo Temer, viabilizou R$ 1 milhão.

Mas os maiores beneficiados até o momento são apenas os deputados que votaram a favor da primeira denúncia. O deputado do PDT, Dagoberto Nogueira, viabilizou R$ 2,759 milhões. Já os petistas Vander Loubet e Zeca do PT garantiram R$ 5,622 milhões e R$ 3,761 milhões, respectivamente.

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