Professores efetivos, contratados e técnico-administrativos da rede estadual de educação de Mato Grosso do Sul entraram em greve nesta terça-feira (25), dia previsto para o reinício das aulas dos 257 mil alunos após o período de férias. O indicativo da paralisação foi definido no dia 30 de junho. A Secretaria de Estado de Educação (SED) e a Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems) fazem o levantamento de quantas escolas não abriram.
A principal reivindicação da categoria, conforme o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, é que o governo do estado cumpra a Lei Federal 11.738/2008 que estabelece o reajuste do piso salarial dos professores e a lei complementar estadual nº 200/2015, que integraliza o piso por 20 horas até 2021. Isso implicaria, conforme ele, em um reajuste salarial em janeiro deste ano de 7,64%, o que não foi cumprido pelo executivo estadual.
Outro pedido da federação é a incorporação do abono salarial de R$ 200 ao salário dos administrativos da educação.
Segundo a Fetems, o governo do estado encaminhou nesta segunda-feira (24), uma proposta a categoria, que será analisada em assembleias em um cada um dos municípios. Representantes levarão então essas posições para a assembleia geral que será realizada nesta quarta-feira (26), às 14h, na sede da entidade em Campo Grande, quando será definido se os servidores vão aceitar ou rejeitar a oferta do governo.
A greve, conforme o presidente da Fetems, deve se estender pelo menos até essa definição. “Se aceitar, suspendemos, caso contrário, vamos manter”, afirmou Teixeira.
O principal ponto apresentado pelo governo foi a concessão do reajuste ainda este ano, conforme o presidente da Fetems. “A proposta prevê aplicar esse índice em 2017, mas dividido em duas vezes, sendo a primeira parcela em setembro e outra em dezembro. Também prevê o adiamento do reajuste do próximo ano, que deveria ocorrer em janeiro para o mês maio”, revela.
Em nota, o governo do estado informou que entende que a paralisação é um direito constitucional, mas que irá avaliar a adesão à greve.
Segundo a federação, integram a categoria no estado: 9 mil professores efetivos, 9 mil temporários e aproximadamente 6 mil administrativos.
Fonte - G1
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