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29/10/2016 às 15:30, Atualizado em 29/10/2016 às 15:11

Primeira universidade é ocupada em MS contra a PEC 241

Unidade da UEMS está localizada em Paranaíba.

Acadêmicos da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), de Paranaíba, ocuparam a unidade na noite desta sexta-feira (28), contra a PEC 241, que estabelece limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Decisão foi tomada após assembleia entre os centros acadêmicos de Direito, Pedagogia, Ciência Sociais e a Atlética.

Conforme publicação do Interativo MS, os alunos devem permanecer nas dependências da universidade por tempo indeterminado.

Em Mato Grosso do Sul, são três o número de escolas ocupadas em protesto ao governo. A primeira ocorreu no dia 18 de outubro, na Escola Estadual Nova Itamarati, que fica dentro do Assentamento Itamarati, na sede da Fazenda Itamarati Agropecuária. A segunda no domingo (23), quando cerca de 67 alunos ocuparam a Escola Estadual Profª Cleuza Teodoro, em Pedro Gomes. A última ocupação, ocorreu no dia 26 de outubro, na Escola Profº José Edson Domingos dos Santos, no Assentamento Itamarati I, em Ponta Porã. A instituição fica a cerca de 7 quilômetros da Escola Estadual Nova Itamarati, primeira a ser ocupada.

DESOCUPAÇÃO

Na segunda-feira (31), termina o prazo dado pelo Ministério da Educação (MEC) para que os estudantes deixem as escolas, universidades e institutos federais ocupados em protesto contra medidas propostas pelo governo federal. Caso isso não ocorra, o MEC informou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 5 e 6 de novembro, será cancelado nesses estabelecimentos.

Os estudantes que fazem as ocupações são contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que limita os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos, e a reforma do ensino médio instituída pela Medida Provisória (MP) 746/2016, enviada ao Congresso. O governo argumenta que a PEC, aprovada em dois turnos na Câmara, é fundamental para o ajuste fiscal das contas do país. Em relação à reforma do ensino, o Ministério da Educação diz que o tema já vinha sendo debatido com especialistas e o setor, inclusive com a tramitação de projetos no Legislativo, porém, em decorrência da urgência do tema, foi necessária a edição de uma medida provisória.

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