Publicado em 09/08/2017 às 18:34, Atualizado em 09/08/2017 às 19:58

Presidente da Santa Casa pede mais dinheiro e deputados intermediam

Encontro entre secretário, deputados e dirigente foi na Assembleia.

Redação,
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Reunião ocorreu na sala da presidência e durou mais de três horas - Victo Chileno/ALMS

Com próxima reunião marcada para terça-feira (15) da semana que vem, deputados vão intermediar aumento de mais repasses para a Santa Casa de Campo Grande. O valor pedido pelo presidente da Associação Beneficente Campo Grande (ABCG), mantenedora do hospital, Esacheu Nascimento, é de mais R$ 3 milhões.

Na sala da presidência da Assembleia Legislativa, deputados se reuniram hoje (8) com o presidente do hospital, secretário municipal de Saúde Marcelo Vilela e com representante do governo do Estado, o deputado e líder do PSDB na Casa, Beto Pereira.

O resultado da reunião foi a confirmação de que, ainda hoje, repasses do governo e do município seriam repassados para o hospital.

Além dos representantes dos poderes, integrante da Comissão Permanente de Saúde do Legislativo estava presente. “Ontem, durante sessão, pedi para que nos reuníssemos hoje, a fim de intermediar e solucionar o problema”, disse o vice-presidente da comissão, Felipe Orro (PSDB).

De acordo com Esacheu, a reunião foi positiva. “Recebemos apoio dos deputados para seguir com a contratualização desse acréscimo de R$ 3 milhões”, disse o presidente da ABCG.

O representante do governo na Casa de Leis, Beto Pereira, disse que ontem mesmo o Executivo já fez o repasse de todos os valores pactuados com a Prefeitura de Campo Grande, resultando no montante de R$ 4.500.000,70. “Agora falta o repasse da municipalidade com a Santa Casa”, afirmou o deputado.

Em contrapartida, o secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela, declarou que hoje mesmo o valor de R$ 4,5 milhões será depositado na conta do hospital. “É um total de R$ 9.000.000,70. Se esse valor chegar até nós a Santa Casa será só sorrisos”, disse Esacheu.

Apesar do aparente acordo entre os poderes e o presidente do hospital, as críticas quanto ao fechamento do pronto-socorro da Santa Casa foram salientadas pelos deputados. “Dinheiro na mão de gestão mal feita”, criticou o deputado Paulo Corrêa (PR), ao ser indagado sobre a diminuição de atendimentos.

Os portões do pronto-socorro foram fechados na semana passada (dia 2) e, de acordo com nota publicada pelo Ministério Público Estadual (MPE), o fechamento é resultado de acordo feito entre a presidência da Santa Casa e o município. “Tudo bem que eles acordaram com o fechamento, mas da forma como o hospital fez não é o correto. Deveria ser mais gradativo”, criticou Orro.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em resposta às críticas feitas pelo prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), deputados vão instaurar procedimento para apurar os fatos e verificar quais medidas são necessárias para garantir a assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em razão da redução do atendimento.

O MPE convocou reunião onde Esacheu e Vilela compareceram ratificando o acordo que foi feito entre o hospital e o município para o fechamento do pronto-socorro para atendimentos de baixa complexidade.

O acordo foi pactuado no dia 22 de maio de 2017 e desde essa data o setor passou a receber só pacientes de média e alta complexidades enviados pela Central de Regulação.

Pacientes de urgência e emergência continuam sendo recebidos na Santa Casa na medida da capacidade instalada, garantiu o presidente da ABCG. “Estamos com lotação completa, corpo clínico atuando normalmente”, afirmou Esacheu Nascimento.

Fonte - Correio do Estado