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04/09/2022 às 06:30, Atualizado em 03/09/2022 às 19:56

Partidos já elegeram seus preferidos na campanha para deputado federal

Moka (MDB), Luiz Ovando (PP), Fábio Trad (PSD), Beto Pereira (PSDB), Vander (PT) e Dagoberto (PSDB) são os milionários destas eleições

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Divulgação

Os partidos em Mato Grosso do Sul já definiram seus candidatos favoritos na disputa pela Câmara dos Deputados.

Na segunda eleição para presidente financiada majoritariamente com recursos públicos, a distribuição dos recursos ocorre de maneira desigual.

No Estado, há seis candidatos que já arrecadaram mais de R$ 1 milhão com a cota do Fundo Eleitoral, destes, apenas um não disputará a reeleição. Internamente, muitos partidos decidiram irrigar mais as candidaturas dos que já têm mandato. Outros, dão prioridade ao que eles definem como “puxadores de voto”.

O candidato a deputado federal que declarou ter a maior quantidade de recursos para gastar nestas eleições até agora é Waldemir Moka (MDB). O ex-senador e ex-deputado federal, atualmente sem mandato, usará R$ 2,5 milhões do Fundão para tentar voltar à Câmara dos Deputados.

As segundas maiores arrecadações são dos deputados federais Fábio Trad (PSD) e Luiz Ovando (PP). Ambos terão R$ 2 milhões do Fundo Eleitoral para gastar nestas eleições.

Continuando a lista dos milionários, o deputado federal Beto Pereira (PSDB) terá R$ 1.462.500,00 do Fundo Eleitoral para investir em sua reeleição. Beto é da executiva nacional do partido e tem mandato, por isso ficou com mais dinheiro que o outro colega de bancada: Dagoberto Nogueira, que recém-entrou ao tucanato.

O ex-pedetista recebeu do PSDB R$ 1.023.750,00 da cota do Fundão.

A lista dos milionários desta campanha ainda conta com Vander Loubet (PT). Ele recebeu R$ 1 milhão da cota de seu partido do Fundo Eleitoral e, nesta semana, ainda declarou mais uma doação: de R$ 150 mil do empresário e produtor rural Antônio Celso Cortez, sócio da extinta Itel Informática e que foi alvo de várias denúncias dos Ministérios Públicos Estadual e Federal na Operação Lama Asfáltica e outras investigações de corrupção na década passada.

DOADORES

Além de Vander Loubet, Antônio Celso Cortez também está apoiando a campanha do pastor da igreja Sara Nossa Terra Wilton Acosta, do Republicanos. A candidatura do pastor arrecadou até agora R$ 388.885,90.

Desse total, R$ 191.266,16 vieram do Fundo Eleitoral e outros R$ 62.619,74 do diretório estadual do partido. Antônio Celso Cortez foi generoso com o candidato e contribuiu com mais R$ 120 mil com a campanha.

Entre os deputados federais também há quem esteja recebendo apoio de banqueiros na campanha. É o caso do ex-secretário de Saúde e suplente de deputado federal Geraldo Resende (PSDB).

O tucano arrecadou até agora R$ 872.916,67, em que R$ 731.250,00 são do Fundo Eleitoral. Resende ainda colocou R$ 75 mil de seu bolso na campanha e recebeu uma doação do integrante do Conselho de Administração do Itaú e presidente do banco até o ano passado, Cândido Bracher, de R$ 66.666,67.

Há também aqueles que colocam grandes quantias do próprio bolso na campanha. É o caso do empresário Carlos Bernardo (MDB), que está investindo R$ 300 mil do próprio bolso na campanha, e do advogado armamentista Marcos Polon, que arrecadou até agora R$ 272.300,00 para a campanha, em que R$ 244.800,00 são de seu bolso.

Ambos ainda não declararam recursos do Fundo Eleitoral, mas há a expectativa de que eles recebam algumas centenas de milhares de reais, o que elevaria o investimento.

Há também os casos de candidatos que arrecadaram muito com vaquinhas. Caso de Chiquinho Assis, do Republicanos. Dos R$ 505.287,00 que terá para gastar até agora na campanha, R$ 365.287,00 vieram de vaquinhas virtuais. Dos Fundos Eleitoral e Partidário, ele recebeu R$ 140 mil.

PARTIDOS

No Podemos, que não tem nenhum deputado federal na bancada, o candidato Flávio Cabo Almi (R$ 603 mil) e Dr. Guto (R$ 300 mil) são os que tiveram mais recursos direcionados pelo partido.

No União Brasil, a distribuição foi mais igualitária. Com exceção de Michela Dutra, Giovana Sbaraini e Neli, que ficaram com R$ 180 mil cada uma. Zé da Viola, Sindoley Morais, Flávio Renato, João Lucas, Coronel Villasante e Zé da Viola receberam R$ 240 mil.

A doação do Fundão para a candidatura de Marcelo Miglioli não foi informada, mas a expectativa é de que o valor possa superar os demais.

Já no Progressistas, depois de Luiz Ovando e seus R$ 2 milhões, aparece o ex-presidente da Sanesul Walter Carneiro Junior, que declarou ter arrecadado R$ 590 mil, em que R$ 390 mil são do Fundão e R$ 200 mil do diretório estadual do partido. Os mesmos recursos e a mesma divisão foram distribuídos para outro candidato do partido: Dr. Eudélio.

No PL, por enquanto, Loester Trutis, o Tio Trutis, aparece com R$ 510 mil declarados, em que R$ 500 mil são do Fundo Eleitoral. Há a expectativa, porém, de que um valor que ultrapasse as centenas de milhares de reais sejam enviados para as outras campanhas, com prioridade para a do presidente do partido, Rodolfo Nogueira, e possivelmente a Marcos Polon.

No PT, além do R$ 1 milhão de Vander, já declararam Camila Jara (R$ 238 mil, em que R$ 230 mil são do Fundão) e Jaime Teixeira (R$ 180 mil, R$ 110 mil do Fundão). No MDB, tudo indica que, depois de Moka e Bernardo, os outros candidatos terão em média R$ 100 mil.

No PSD, Júnior Coringa (R$ 301 mil), Jorge Martinho (R$ 250 mil) e Leo Matos (R$ 150 mil), nessa ordem, são as prioridades depois de Fábio Trad.

Já no Republicanos, embora Wilton Acosta tenha arrecadado menos que Chiquinho Assis, o pastor, que também é presidente do partido, ficou com mais dinheiro do Fundão: R$ 191,2 mil.

Há partidos que não vão utilizar o Fundão, como o Novo, e outros que ainda não declararam todos os valores, caso, por exemplo, do PTB, cujo presidente regional, Delcídio do Amaral, que é candidato a deputado federal, declarou apenas R$ 6 mil, e não informou quanto utilizará dos recursos do financiamento público de campanha.

O Avante investe mais na campanha do Procurador Sérgio Harfouche, que terá R$ 450 mil do Fundão para gastar. O partido concentrou seus recursos nas campanhas de seus deputados. Taino, terá R$ 200 mil. Os outros terão ou R$ 50 mil ou R$ 100 mil do Fundo Eleitoral.

O PRTB praticamente não tem recursos do Fundo Eleitoral para gastar, e os candidatos declararam quantias pequenas quando comparadas com as dos demais. A maior delas foi a do Sargento Evaldo Chaves: R$ 20 mil.

Com informações do Correio do Estado

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