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05/09/2017 às 17:30, Atualizado em 05/09/2017 às 16:57

Deputados acham que revisão do acordo da JBS pode beneficiar Reinaldo

Líder do governo disse que irmãos Batista não são ‘confiáveis’.

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Foto: Victor Chileno

Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul comentaram o pedido de revisão do acordo de delação da JBS, anunciado na segunda-feira (4) pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e pontuaram que a medida pode beneficiar os citados pelos empresários Joesley e Wesley Batista, como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Para o líder do governo na Casa, deputado Rinaldo Modesto (PSDB), o que percebeu nesse período, pós-delação premiada da JBS, foi algumas pessoas ‘querendo aparecer mais que o brilho do sol’, enquanto a política era ‘nivelada por baixo’.

Para o tucano, o pedido “cria uma confusão em todo o processo, que ajuda a defesa de todas as pessoas investigadas, prova que eles (Joesley e Wesley) não são confiáveis”.

O líder da bancada do PMDB, deputado Eduardo Rocha, afirmou que Janot foi ‘precipitado’ ao tomar as decisões no acordo de delação da JBS, e por esse motivo será questionado. Ele cobrou fim do sigilo sobre as novas gravações encaminhadas pelo MPF (Ministério Público Federal) ao ministro relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin.

“Acho que o Supremo é obrigado (tornar público todo conteúdo da delação), porque não disponibilizaram os áudios do Temer (presidente Michel Temer, PMDB)? Tem que disponibilizar tudo, não pode ficar nada embaixo do tapete. Eles têm que pagar”, alegou Rocha.

O deputado Pedro Kemp (PT) lembrou que mesmo com o pedido de revisão do acordo, as denúncias que foram comprovadas não perderão a validade.

“A esperteza quando é muito grande vira bicho e engole do dono”, disparou Paulo Corrêa (PR), ao criticar a ‘pressa’ de Janot em oferecer denúncia em fechar a delação da JBS e oferecer denúncia contra os políticos investigados.

Conteúdo Midiamax

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