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04/06/2017 às 20:00, Atualizado em 04/06/2017 às 22:40

Ato com shows pela saída de Temer e por eleições diretas reúne músicos e artistas em SP

O evento “SP pelas Diretas Já”, de caráter festivo, teve na programação shows de nomes como Crilo, Pitty, Chico César, Tulipa Ruiz, Paulo Miklos, Emicida, Otto e Simoninha.

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Reprodução G 1

Músicos e artistas participam de ato neste domingo (4) no Largo da Batata, Zona Oeste de São Paulo, com pedido de saída de Michel Temer da Presidência da República e de realização de eleições diretas.

O evento “SP pelas Diretas Já”, de caráter festivo, tem na programação shows de nomes como Crilo, Pitty, Chico César, Tulipa Ruiz, Paulo Miklos, Emicida, Otto e Simoninha. Também estão na programação blocos de carnaval da capital paulista. Até a última atualização desta reportagem, a organização e a Polícia Militar não haviam divulgado estimativa de público.

O evento começou pouco antes das 12h com o show de Chico César. O cantor agradeceu a participação dos manifestantes e, além de reclamar do governo federal, fez críticas ao Secretário de Cultura da cidade de São Paulo, Andre Sturm. Na última semana, a voz de Sturm foi gravada em reunião em seu gabinete na qual ele ameaçou bater em agente cultural.

Participaram da manifestação os movimentos Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, Central Única dos Trabalhadores, Central de Movimentos Populares, União Nacional dos Estudantes e o Levante Popular da Juventude. Bandeiras dos movimentos e com pedidos de "Diretas Já" estavam espalhadas por todo o Largo da Batata.

Nos intervalos entre as apresentações dos artistas, representantes das centrais iam ao microfone e criticavam o governo do presidente Michel Temer. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, subiu no carro de som e defendeu as eleições diretas. "As diretas já são legítimas, necessárias e são possíveis. [...] Vamos tomar as ruas, fazer nossa voz ser ouvida e fazer as diretas já nesse país", declarou Boulos.

Eleições diretas

Atualmente, a legislação prevê a realização de eleições diretas somente se o presidente e o vice-presidente da República se afastarem do comando do Palácio do Planalto nos dois primeiros anos do mandato. Na hipótese de a Presidência ficar vaga no último biênio, a Constituição estabelece que deve ser feita uma eleição indireta por meio do Congresso Nacional em até 30 dias da data da vacância.

Na última quarta-feira (31), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por unanimidade Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece eleições diretas se a Presidência da República ficar vaga nos três primeiros anos do mandato. A oposição quer usar a PEC para que seja convocada uma eleição direta caso o presidente Michel Temer venha a deixar o comando do Palácio do Planalto ainda em 2017.

Delação da JBS

Os pedidos pela saída de Temer da presidência e por “diretas já” ganhou força após a divulgação do acordo de delação premiada assinado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. Na gravação, Joesley diz a Temer que estava dando ao deputado cassado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na prisão. Diante da informação, Temer diz: ‘tem que manter isso’.

Fonte - G 1

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