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06/08/2016 às 17:00, Atualizado em 06/08/2016 às 15:15

'Rei da falsificação' é flagrado com documentos públicos, afirma polícia

Suspeito confessou o crime, mas não disse onde adquiriu papel-moeda

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Documentos apreendidos na casa do suspeito de falsificar RG, CNH e CRLV

(Foto: Graziela Rezende/G1 MS)

Um homem de 23 anos foi indiciado após ser descoberto com dezenas de documentos falsos, no bairro Nova Lima, região norte de Campo Grande. A sua residência, de acordo com a investigação da 6ª Delegacia de Polícia, servia como escritório para a fabricação de RG's, Carteira Nacional de Habilitação (CNH's) e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV's), no qual ele usava papel moeda verdadeiro e inseria informações falsas. Na delegacia, o "rei da falsificação", como o jovem ficou conhecido, disse que vendia cada documento por R$ 400.

"A investigação começou quando estávamos verificando alguns pneus aro 20 furtados, que ele estava comercializando. Nós descobrimos que o jovem atuava como receptador e a pessoa que entregou o produto a ele estava cobrando. Ao chegar na casa e vistoriarmos o local, constatamos que o jovem estava com um notebook, o papel moeda e diversos documentos impressos", afirmou ao G1 a delegada Christiane Grossi, responsável pelas investigações.

Os policiais do Serviço de Investigações Gerais (SIG) da 6ª D.P. apreenderam o material e o suspeito foi encaminhado para a delegacia. "Ele confessou tranquilamente o crime e disse que, há três meses, estava vendendo os documentos. Apenas as informações inseridas são falsas e o papel era verdadeiro, sendo com isso até registro em cartório ele conseguiu. Entre os documentos falsos, o suspeito usou inclusive uma foto sua para fazer um RG", explicou Grossi.

Até o momento, a hipótese era de que o suspeito emitia tais documentos com a intenção de conseguir empréstimo, créditos bancários e fazer compras na cidade. Foram apreendidos no total 24 RG's, 8 CNH's e 7 CRLV's. O jovem ainda estava adquirindo um veículo e deu um lance de R$ 17 mil para ser contemplado em um consórcio.

O suspeito, que não tinha antecedentes criminais, irá responder por falsificação de documento público. A pena é de reclusão de 2 a 6 anos, além da multa. Além disso, responde pelo crime de receptação culposa, por conta dos pneus que estavam sendo revendidos. A pena varia de detenção de 1 mês a 1 ano, além de multa. (Com informações do G1 MS).

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