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02/02/2017 às 14:29, Atualizado em 02/02/2017 às 12:31

Paraguai expulsa pistoleiros brasileiros que mataram funcionário de Pavão

Dois dos quatro bandidos presos em Pedro Juan Caballero serão entregues à Justiça brasileira; uma douradense também foi morta, no dia 2 de janeiro, na capital paraguaia.

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Marcos Oliveira, com seis mandados de prisão no Brasil, será expulso junto com comparsa (Foto: ABC Color)

Dois dos quatro pistoleiros brasileiros presos no dia 12 de janeiro em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande, serão expulsos do país vizinho e entregues à justiça brasileira na manhã de hoje (2), em Assunção.

Marcos da Silva Oliveira e Jackson Peixoto Rodrigues, o Negro Jackson, são acusados pelo assassinato do paraguaio Paulo Jacques, 41, e da noiva dele, a douradense Milena Soares Bandeira, 21. Os dois foram executados a tiros no dia 2 de janeiro deste ano na capital paraguaia.

Jacques era uma espécie de gerente do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenez Pavão, que está preso em Assunção. A irmã de Millena também estava na caminhonete do cunhado, mas ela não foi atingida pelos tiros.

Marcos e Jackson foram presos juntamente com outros dois bandidos brasileiros, Leandro Lucas de Oliveira dos Santos, e Peterson Lucas Cacenote de Souza. A justiça paraguaia ainda não se manifestou sobre a expulsão desses outros dois acusados.

A quadrilha faz parte da facção criminosa “Bala na Cara”, que se fortaleceu nos presídios do Rio Grande do Sul e faz oposição ao PCC (Primeiro Comando da Capital). Com dez mandados de prisão, Negro Jackson é apontado como um dos principais líderes da facção.

Marcos Oliveira tem seis ordens de prisão da justiça brasileira. Ele e o Jackson serão expulsos do Paraguai e entregues ao Brasil por decisão do juiz Julián Lopez. O fato de os dois usarem documentos falsos facilitou o processo de expulsão.

De acordo com comissário Abel Cañete, da Polícia Nacional do Paraguai, a morte de Paulo Jacques, 41, gerente dos negócios do narcotraficante Jarvis Gimenez Pavão, foi uma estratégia para enfraquecer a quadrilha do novo chefão do crime organizado na fronteira e demonstração de força.

“A intenção da Bala na Cara é migrar para o Paraguai, assim como fizeram outras facções, como PCC e Comando Vermelho”, afirmou o comissário paraguaio.

Conteúdo - Campograndenews

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