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02/06/2023 às 12:47, Atualizado em 03/06/2023 às 16:30

NOVA ANDRADINA: Diretor de Jornal procura a Delpol após ser agredido na porta de sua casa

Segundo a vítima câmeras de segurança registram as agressões e na frente dos filhos

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Foto - Reprodução

O diretor do eletrônico Jornal da Nova, Sandro de Almeida Araújo, de 46 anos, procurou a Delegacia de Polícia nesta sexta-feira, dia 02-06, após ser agredido na porta de sua residência, localizada no Bairro Universitário, em Nova Andradina.

De acordo com o relato da vítima, por volta 09h40min, estava em via pública retornando para sua residência, quando já no bairro onde reside, ou seja, bairro Universitário, dois veículos descaracterizados, ou seja, sem nenhuma identificação, sendo um Sandero, cor branca, placas: RWE8B74 e uma caminhoneta L-200, cor branca, placas: PBU6E59 com dois homens em cada um, passaram a persegui-lo insistentemente.

Segundo o depoimento da vítima, em nenhum momento os ocupantes dos automóveis se identificaram como policiais militares ou tinham qualquer identificação visual que pudesse identifica-los como policiais. Temendo por sua vida a vítima se deslocou para frente de sua residência onde há câmeras de monitoramento, desceu do seu automóvel e tentou adentrar em sua casa.

Ao tentar adentrar o interior da casa, a vítima foi agarrada, agredida e impedida pelos quatros homens de adentrar em sua residência. Toda a ação dos agressores foi registrada pelas câmeras de monitoramento.

As imagens mostram quando a vítima foi imobilizada com um golpe de mata leão, jogado no chão, sofreu lesões corporais, sofreu socos e todo tipo de humilhação. Para a Polícia Civil, a vítima não sabia o porquê estava apanhando ou qual era a intenção dos agressores.

Segundo a vítima todos os homens que o agrediram estavam em roupa comum, ou seja, não estavam fardados e só depois a vítima tomou conhecimento que eram policiais militares lotados na cidade de Nova Andradina.

Conforme o registro policial 1104-2023, a vítima foi agredida, sofreu abuso de autoridade já que contra o mesmo não havia nenhum mandado de prisão ou qualquer ordem para sofrer as agressões físicas e gratuitas praticas pelos quatro policiais militares.

A vítima soube que um dos policiais militares sequer estava de plantão no momento dos fatos e que utilizou de seu cargo para cometer o crime e sem ordem judicial para busca e apreensão de veículos. Durante a ação, conforme o relato do Sandro Almeida, os militares à paisana realizaram busca e apreensão no interior do seu veículo.

O Sandro ainda disse perante a autoridade policial que sofreu abusos físicos e psicológicos na frente dos seus filhos e em via pública.

Os militares acharam que era a vítima quem estaria soltando fogos e afixando faixas para comemorar a transferência do comandante da polícia militar de Nova Andradina, fato este negado pela vítima, contudo mesmo que isto fosse verdade não seria crime, pois se tratara de liberdade de expressão e jamais poderia sofrer represálias para expressar seu sentimento de forma livre.

Para a Polícia Civil, a vítima entende que houve crime de tortura para que confessasse que era ele quem teria soltado fogos ou afixado faixas em comemoração da transferência do comandante da polícia militar.

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