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08/12/2021 às 11:37, Atualizado em 08/12/2021 às 10:39

Modelo denuncia fotógrafo por filmar troca de roupas com câmera escondida

O caso aconteceu na capital do MS

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Divulgação

Em uma década trabalhando como modelo, Kellyne Siqueira, de 29 anos, diz ter vivido o pior momento da carreira na tarde desta terça-feira, dia 07 de dezembro, enquanto fazia ensaio fotográfico em um estúdio de Campo Grande. Durante o que seria apenas mais um trabalho, a profissional descobriu que estava sendo filmada por uma câmera escondida na área reservada à trocas de roupas.

“Fiquei desesperada e mil e uma coisas começaram a se passar pela minha cabeça. Me perguntei o motivo daquilo estar justamente no lugar onde eu tirava a roupa”, explicou a modelo Kellyne.

Kellyne conta que chegou ao estúdio, na rua Rui Barbosa, por volta das 15 horas. Antes de os cliques do novo portfólio começarem, o fotógrafo, identificado como Marcial Cabaleiro Júnior, de 47 anos, a conduziu até a área reservada ao camarim.

Durante a quinta troca de roupa, ela afirma ter reparado que uma luz verde saia de um notebook posicionado em cima de uma cadeira. “Desconfiei e fui ver. Quando mexi, encontrei o ícone de uma câmera que já estava gravando tudo a mais de uma hora”, relata.

Sem saber o que fazer, a vítima, que também é digital influencer, entrou em contato pedindo ajuda para a agente que administra sua agenda. “Liguei disfarçadamente e contei sobre o que tinha acontecido. Ela chamou a polícia e me aconselhou a manter a calma e aguardar”, revela.

Viatura da Polícia Militar foi até o local e conduziu Marcial até a Deam (Delegacia Especializada de Proteção à Mulher). Lá, foi registrado boletim de ocorrência por registro não autorizado da intimidade sexual.

“Para a polícia ele disse que estava filmando por uma questão de segurança, mas se realmente fosse isso, o mínimo que ele teria que fazer era orientar para que a gente não trocasse de roupa ali. Pelo contrário, ele disse que eu poderia ficar à vontade”, desabafa.

Após o flagrante, a modelo afirma ter receio de que outras pessoas tenham sido vítimas do fotógrafo e preocupação sobre a finalidade de imagens captadas. “Penso nas crianças porque 90% da agência são crianças”, finaliza.

O site Campo Grande News entrou em contato com Marcial Júnior que se limitou a dizer que o episódio foi um mal entendido e que seus advogados já estão se manifestando sobre o caso, que agora, será investigado pela Polícia Civil.

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