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08/08/2017 às 19:02, Atualizado em 08/08/2017 às 15:42

Inocentados em caso Mayara, dupla agradece desfecho orando

Pereira é acusado de receptação. E teve a soltura avalizada pela delegada que assinou o inquérito, Gabriela Stainle.

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Pereira (esquerda) e 'Cachorrão' foram inocentados pela morte - Fotos: Marcos Ermínio/Campo Grande News

Choro, alegria e corrente de oração para agradecer a Deus. Assim foi a reação de dois dos três presos pelo assassinato da musicista Mayara Amaral, 27, ocorrido no final de julho, ao saberem dos novos rumos do caso após a conclusão do inquérito da Polícia Civil. Eles estão no Presídio de Trânsito da Capital, no Jardim Noroeste (zona leste).

Conforme o site Campo Grande News, a informação chegou no local logo quando os detentos acordaram. "Desde então estão rezando e chorando, agradecidos", disse um funcionário ao portal de notícias da Capital.

Da acusação de latrocínio (morte em assalto), onde ficariam até 30 anos presos, Ronaldo da Silva Olmedo, o ‘Cachorrão’, 30, e Anderson Sanches Pereira, 31, acabaram indiciados por crimes de menor potencial ofensivo.

‘Cachorrão’, que segundo a Polícia Civil estava trabalhando no momento do crime, responderá por tráfico. Pereira é acusado de receptação. E teve a soltura avalizada pela delegada que assinou o inquérito, Gabriela Stainle.

Pereira espera apenas a assinatura do alvará de soltura por parte do juiz corregedor de presídios da vara de Execução Penal para deixar o presídio.

Ainda conforme o site, com a conclusão do trabalho policial, a defesa de Barbosa exige que seu cliente seja ouvido novamente sobre o caso, "para esclarecer tudo."

O advogado Conrado Passos diz que concordou com as acusações contra os outros dois suspeitos, o que favoreceria seu cliente na alegação de que foi homicídio, não latrocínio, conforme tese sustentada pela defesa.

"Ele (Barbosa) fugiu com o carro, não iria vender. Os bens que foram encontrados na casa dele seriam devolvidos, ele não precisaria ir até um motel para roubá-la. Há muita influência da comoção popular. Na verdade o caso tem de ser decidido pelo Tribunal do Júri (que julga e condena casos de assassinatos)", disse Passos ao site.

Apesar do clamor popular para que Luis Alberto fosse enquadrado por feminicídio, a polícia manteve a tese de que o baterista matou para roubar e inclusive destacou que os bens de Mayara que estavam com o assassino confesso estão avaliados em R$ 17,3 mil - um notebook, um celular, um violão, uma guitarra, um aparelho amplificador e o Gol.

Além disso, o exame feito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) não comprovou estupro.

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