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26/11/2022 às 14:05, Atualizado em 26/11/2022 às 10:08

Ex-militar que matou a mulher esganada em Campo Grande é condenado a 23 anos de prisão

Marido disse que a mulher chegou em casa embriagada e que o agrediu; 'não era o fim que queria', afirmou o réu antes de sentenciado

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Divulgação

Ex-militar da Aeronáutica Tamerson Ribeiro, 32, que matou, em fevereiro deste ano, em Campo Grande, a mulher Natalian Nara Garcia, 22, disse nesta sexta-feira (25), em seu julgamento, que “não queria matar” a vítima e que cometera o crime por “descontrole emocional”.

Ele matou a companheira esganada. A sentença, lida no início da noite: 23 anos e quatro meses de reclusão.

Dizendo-se arrependido e com “saudade” da mulher, o ex-militar afirmou em seu depoimento que a vítima saiu de casa para beber com amigos e retornou para a casa por volta da 1h da madrugada do dia 4 de fevereiro passado.

Ribeiro disse que a mulher o agrediu e, ele, “para contê-la” a segurou e apertou-lhe o pescoço. Na investigação é dito que o ex-militar aplicou um golpe conhecido como mata-leão até a vítima desmaiar.

O homem disse ter percebido que a mulher havia morrido quando a pôs no chão. Ao amanhecer, o ex-militar enrolou o corpo da vítima num lençol e levou-a até o porta-malas do carro. Esperou a filha de quatro anos de idade acordar e levou-a até a escola.

Em seguida, o corpo foi levado em direção a BR-060, estrada situada na saída de Campo Grande para Sidrolândia. Lá, jogou-o num matagal.

O ex-militar, inicialmente, tentou mentir aos parentes e investigadores com a versão de que a mulher tinha ido embora. O corpo foi descoberto pela polícia dois dias após o crime.

No depoimento, o ex-militar disse que a mulher bebia muito e o agredia e isso teria provocado a ele um tormento psicológico. Ele disse também que não era intenção sua em matá-la.

“Não era o fim que queria” e que se “pudesse voltar atrás” poderia ter “saído de casa” quando viu mulher entrar em casa embriagada.

ACUSAÇÃO

Tamberson foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, asfixia, além de feminicídio e ocultação de cadáver.

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande foi quem conduziu o julgamento.

Com informações do Correio do Estado

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