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25/04/2024 às 07:00, Atualizado em 24/04/2024 às 17:39

Alvo do Gaeco de operação contra grupo criminoso que tinha PMs e advogados foi preso em casa

Na casa, os policiais encontraram drogas

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Divulgação

Um dos alvos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na deflagração da Operação Last Chat, na manhã desta quarta-feira (24), foi preso em casa, na cidade de Ponta Porã. 

A ação foi contra um grupo criminoso de tráfico de drogas e armas, que tinha como membros policiais militares, advogados e servidor público.

O alvo de 30 anos foi preso em sua residência no cumprimento de mandado de prisão expedido contra ele. Quando os policiais chegaram na residência perceberam que no quarto havia câmeras que alertavam sobre a chegada da polícia a casa.

Os policiais militares encontraram porções de maconha, além de celulares que foram apreendidos quebrados escondidos atrás de uma mala. Ele foi encaminhado para a delegacia. Foram cumpridos 55 mandados em Campo Grande, Ponta Porã, São Paulo e Fortaleza.

Organização altamente estruturada

A Operação Last Chat é para desmantelar organização criminosa altamente estruturada que opera no tráfico de drogas em cinco estados , desde o interior dos presídios, contando com uma rede sofisticada de distribuição e vários integrantes e apoiadores já identificados, cerca de 40 membros, entre eles policiais militares, servidor público municipal e três advogados.

A organização criminosa também atuava no comércio ilegal de armas de grosso calibre, como fuzis e submetralhadoras, além de granadas, munições, acessórios e outros materiais bélicos de uso restrito, bem como na lavagem do dinheiro relacionado aos crimes, para a qual se utiliza de diferentes métodos, como a constituição de empresa fictícia, uso de contas bancárias de terceiros, aquisição de veículos de alto valor econômico em nome de terceiros- Porsche, caminhões, entre outros.

Para liderar organização criminosa complexa do interior do sistema penitenciário, servia-se ora do uso ilícito de aparelhos celulares, ora de entrevistas reservadas com advogados que se prestavam a repassar os comandos criminosos aos diversos integrantes do grupo.

As investigações tiveram início a partir da análise de aparelho celular apreendido em posse de uma advogada presa durante a Operação Courrier, mas beneficiada com prisão domiciliar dias depois, a quem o líder contatou por mensagens para a prática de obstrução de investigações, lavagem de dinheiro, corrupções, entre outros crimes.

Foi possível identificar mais de 4 toneladas de maconha, mais de 3 mil comprimidos de ecstasy, centenas de munições e carregadores de fuzil de calibre 762 e pistolas cal. 9mm, pertencentes à organização criminosa, apreendidos em ações policiais. De acordo com levantamento realizado pelo Gaeco, as apreensões geraram um prejuízo ao crime organizado superior a R$ 9 milhões.

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