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16/10/2016 às 13:06, Atualizado em 16/10/2016 às 10:16

Programas sociais do governo federal priorizam o cuidado e a atenção às crianças

O Criança Feliz contará com técnicos treinados que farão visitas às casas dos beneficiários do Bolsa Família.

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Crianças

Lia de Paula/MDSA

Amar, brincar e cuidar são ações que podem garantir um futuro melhor para milhares de crianças brasileiras. Os três fundamentos são a base do Programa Criança Feliz, lançado na semana passada pelo governo federal.

Com a iniciativa, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) pretende fortalecer as políticas públicas para a primeira infância.

"O programa vai fortalecer a nossa rede de proteção social no país. Ele vem ampliar e melhorar a qualidade de vida das populações mais necessitadas, fortalecendo o impacto de programas essenciais como o Bolsa Família.

É um apoio as mães e aos pais para que a criança se desenvolva melhor", destaca o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.

O Criança Feliz contará com técnicos treinados que farão visitas às casas dos beneficiários do Bolsa Família. Eles vão orientar pais e mães sobre formas de promover o desenvolvimento das crianças nos primeiros mil dias de vida, o que inclui brincadeiras e leitura.

Conforme Terra, a iniciativa faz parte da estratégia do governo federal de aprimorar os programas sociais que já estão em andamento.

A criança bem estimulada tem melhores resultados na escola, melhor aprendizado e rompe o ciclo intergeracional da pobreza.

"Todas as habilidades humanas se organizam no cérebro nos primeiros três anos de vida. A criança bem estimulada nesta fase terá mais facilidade para aprender, uma escolaridade maior, uma profissão melhor e poderá romper com o ciclo da pobreza", explica o ministro.

A dona de casa e beneficiária do Bolsa Família Tarciane da Cruz, moradora de Pelotas (RS), sabe bem como isso funciona. Ela e os três filhos já recebem um acompanhamento parecido, feito pelo programa Primeira Infância Melhor, do governo estadual. Segundo ela, o estímulo desde o nascimento fez toda a diferença no desenvolvimento das crianças.

"Na minha infância não tive essa oportunidade. Cada dia que passa, eu vejo o desenvolvimento e o crescimento deles. Meus filhos adoram participar e eu gosto de ver a mudança deles", conta.

Como em muitas casas, Tarciane usa os R$ 124,00 que recebe do programa para garantir a alimentação dos filhos. Mas o Bolsa Família, que tem hoje cerca de 13,9 famílias inscritas, vai além da transferência de renda.

Ao entrarem no programa, as famílias recebem o benefício mensalmente e, como contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de saúde e educação.

No primeiro semestre deste ano, o acompanhamento de saúde alcançou mais de 5,2 milhões de crianças de 0 a 7 anos, o que equivale a 69,9% de todas as crianças do Programa Bolsa Família nessa faixa etária. Os dados mostram que 98,8% estavam com a vacinação em dia.

Já no bimestre de junho a julho, quase 14 milhões de crianças que integram o Bolsa Família tiveram a frequência escolar registrada pelo governo federal.

Desse total, 95,55% cumpriram o mínimo de presença exigido, de 85% (crianças e jovens de 6 a 15 anos) e de 75% (jovens de 16 e 17 anos).

Assistência Social

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, ofertado nos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), também é um serviço do governo federal que auxilia as crianças. Dos 1,7 milhão de usuários, 35% deste público é formado por crianças.

As unidades do Cras desenvolvem ações para os pequenos por meio de atividades lúdicas, culturais e esportivas. Ainda são tratados temas como exclusão social, trabalho infantil e violência doméstica.

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