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03/12/2017 às 15:33, Atualizado em 03/12/2017 às 10:35

MS registra 25 feminicídios e lidera ranking de processos por violência contra a mulher

Desde o início do ano, foram 5.317 casos de violência doméstica no estado.

Quando se fala em violência contra a mulher, Mato Grosso do Sul se destaca negativamente no tenebroso ranking dos estados mais perigosos do país. Ao longo deste ano, foram 25 feminicídios, que estão entre os 5.317 casos de violência doméstica registrados.

É como se uma mulher fosse assassinada a cada 13,4 dias, até agora. Em 2015, houve 16 casos de crimes em razão da vítima ser do gênero feminino.

No ano passado, os casos 'explodiram' e chegaram a 34 crimes. Até o momento, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) contabiliza 25 casos.

Mais um indício de que MS é um estado onde a opressão à mulher é latente, é o número de processos na Justiça. Conforme o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), o estado é o segundo no ranking de processos no país, com 21,1 ações a cada mil mulheres.

Estupro

Até agora, foram 425 casos de estupro registrados em MS. Os dados, da Sejusp, não especificam quantos foram contra mulheres, mas segundo a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), a maioria das vítimas é do sexo feminino.

'Campeão'

Conforme o 11º Anuário de Segurança Pública, Mato Grosso do Sul é o local com maior taxa de estupro no país. Em 2016, foram 54,4 casos de estupro a cada grupo de 100 mil habitantes. O total é de 1.458 crimes, mas é preciso observar que as informações vem do registro de boletins de ocorrência, podendo, obviamente, serem muito maiores.

Duas jovens, chamadas Mayara, foram assassinadas covardemente em Campo Grande em 2017. O primeiro caso foi de Mayara Amaral, musicista de 27 anos. Ela foi emboscada, em julho, pelo próprio namorado, Luis Alberto Bastos Barbosa, e morta a marteladas em um motel da cidade. Ele foi denunciado à Justiça por latrocínio, ocultação e destruição de cadáver.

Na noite do dia 15 de setembro, Mayara Fontoura Holsback, 18, e o namorado, Roberson Batista da Silva, 33, foram até a casa da mãe dela. A partir daí, a vítima não foi mais vista e depois encontrada morta, assassinada a tesouradas no pescoço. Ele confessou o crime, e alega que ambos estavam sob efeito de bebidas e drogas e teriam discutido por ciúmes.

Ações

A mais recente ação pelo fim da violência contra a mulher, em Campo Grande, é a construção de um mapa do perfil e índices de violência, fruto de parceria entre a prefeitura e a UFMS.

O Observatório será o primeiro a se estruturar no Estado e tem como propósito mapear, registrar e interpretar as situações de violência contra a mulher. A intenção é proporcionar subsídios necessários à formulação de uma política pública para mulheres de forma eficaz e eficiente.

Fonte - Topmidia

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