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10/05/2023 às 12:04, Atualizado em 09/05/2023 às 21:08

Fundada por Valdemiro Santiago, Igreja Mundial deve R$ 169 mil em aluguéis em MS

Valor considera mensalidades vencidas, IPTU, juros, multas e correções não pagos a dez proprietários

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Foto - Reprodução rede social

Aluguéis atrasados, boletos não pagos de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e despesas com pintura e reparos que somam R$ 21.891,15 ficaram para trás antes de a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago, desocupar um salão no Bairro Jardim São Conrado, em Campo Grande, onde realizava seus cultos.

Proprietário do imóvel, o construtor Aparecido Alves Pereira recebeu de volta as chaves do imóvel em 2 de fevereiro deste ano. No mês seguinte, ele ingressou com ação judicial cobrando dívida com a locação e a restituição do que gastou para deixar o local em condições para ser locado novamente.

"Não vi nenhum centavo até agora", ele afirmou à reportagem. Atualmente, a propriedade de Aparecido é ocupada por uma empresa de marcenaria.

No processo judicial movido pelo construtor, o representante legal da igreja ainda não se manifestou sobre possível acordo para pagamento.

Quase R$ 170 mil - Além de Aparecido, proprietários de outros nove imóveis em Mato Grosso do Sul fazem cobranças judiciais à Igreja Mundial do Poder de Deus referentes a aluguéis.

O total de R$ 169.229,52 é cobrado por Aparecido e os outros oito proprietários – considerando a soma de aluguéis vencidos e IPTUs vencidos, juros, multas e correções.

Os salões alugados ficam em Aparecida do Taboado, Brasilândia, Campo Grande, Fátima do Sul, Nova Andradina, Ribas do Rio Pardo e Terenos.

Um templo de Nova Andradina está ligado à cobrança mais alta. O proprietário do salão alega que 11 aluguéis deixaram de ser pagos entre 1º de março de 2022 e 1º de março de 2023 e espera receber R$ 50.318,07, além de pedir o despejo do inquilino.

A Igreja Mundial já deixou dois imóveis em Terenos a pedido dos proprietários. Em um deles, cumpriu o prazo de 15 dias para entregar as chaves do local e parcelou dívida que soma R$ 23.232,27, segundo extrato que consta no processo judicial.

O valor de R$ 4,5 mil em aluguéis vencidos é cobrado pelo uso de imóvel no Bairro Moreninhas II, localizado em uma das regiões mais populosas da Capital. Por terem sido feitos acordos não cumpridos e haver outras cobranças pendentes, a defesa acusa que R$ 27.182,79 são devidos.

No site oficial, a igreja aponta manter templos em 53 cidades de Mato Grosso do Sul.

Resposta da igreja - Em comum, os valores não pagos venceram em datas correspondentes ao período mais crítico da pandemia de covid-19, entre 2020 e 2022.

Em manifestação à cobrança de aluguel e pedido de despejo feito à Justiça de São Paulo, a igreja alega ser "público e notório" que enfrenta dificuldades financeiras, "principalmente pelo período da pandemia", como destacou reportagem da Folha de São Paulo publicada em 5 de maio.

Com informações do Campo Grande News

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