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27/02/2017 às 09:29, Atualizado em 27/02/2017 às 11:06

Principais times da capital, Comercial e Operário somam dívida de R$ 3,3 milhões

O Operário responde pela maior parte das pendências, mais precisamente por 80,3% delas.

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Times se enfrentam em clássico no Morenão - Valdenir Rezende / Correio do Estado

Dentro de campo, Comercial e Operário fazem campanhas boas o suficiente para atingir o objetivo de chegar às quartas de final do Campeonato Sul-mato-grossense. O Galo lidera o grupo A e o Colorado ostenta a terceira posição - ambos na zona de classificação à próxima fase do torneio. Fora das quatro linhas, porém, a situação financeira das principais equipes de Campo Grande preocupa. Juntas, somam dívida de R$ 3,3 milhões, entre débitos com a Fazenda Nacional e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O Operário responde pela maior parte das pendências, mais precisamente por 80,3% delas. Segundo informações da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o Galo deve R$ 2.697.326,95 à União.

Do montante em haver, R$ 2.603.400,14 são de dívidas tributárias. Segundo o presidente do clube alvinegro, Estevão Petrallás, o débito era ainda maior há dois anos, quando o Operário aderiu ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut).

“Nós equacionamos significativamente este valor. Dois anos atrás nós devíamos R$ 11,7 milhões. No momento do parcelamento destes débitos há uma série de correções e anistias, que reduziram o tamanho da dívida”, explica.

De acordo com a lei federal 13.155, que regulamentou o Profut, o parcelamento especial aos clubes que aderem ao programa prevê redução de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais do total devido. Em contrapartida, a agremiação deve manter regularidade com as obrigações trabalhistas e tributárias, e exercer gestão transparente.

APOSTA

Petrallás expõe que o principal mecanismo do Operário para saldar o déficit é a cota da Timemania, da Loteria Federal. “Nós estamos fazendo uma campanha para que o sul-mato-grossense marque o Operário como seu time do coração na aposta, porque parte do que é arrecadado vai para a recuperação das dívidas dos clubes de futebol com a União. O Operário é o único do Estado no jogo”, ressalta. Em 2016, o Galo foi marcado como time do coração em 885 mil apostas - 0,64% do total de bilhetes registrados.

O restante do passivo operariano é com o FGTS e soma R$ 93.926,81, que Petrallás projeta quitar em até 90 dias.

Já o Comercial deve um total de R$ 657.957,38. A maior fatia é com o FGTS - R$ 625.616,48. O restante corresponde a débitos previdenciários, de R$ 32.340,90. Ontem, a reportagem tentou contato com o presidente do Colorado, Valter Mangini, que não atendeu ou retornou as ligações até o fechamento desta matéria.

Fonte - Correio do Estado

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