Preocupada com Copa das Confederações, Fifa projeta fim de ruídos

A impressão é que foi selada a paz entre a Fifa, o COL (Comitê Organizador Local) da Copa do Mundo de 2014 e o governo brasileiro.

Após ter feito inspeções em Cuiabá (MT) e Manaus (AM), o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, anunciou ontem, no Rio, que daqui para a frente acabaram as diferentes versões sobre a organização do evento no Brasil, que já causaram constrangimentos entre autoridades locais e membros da Fifa.

"Para evitar essa situação novamente, vai haver uma única voz que vai dizer o que faz a Fifa, o COL e o governo. Estamos trocando informações para que esses diferentes discursos não aconteçam de novo", afirmou Valcke.

Outra medida é que o secretário voltará ao país a cada seis semanas, até a Copa, para visitas de inspeção e reuniões com os representantes da organização do Mundial.

A próxima está marcada para 18 de outubro nas cidades do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte (MG).

Felipe Dana/Associated PressValcke (centro) abraça Marin observado por Ronaldo (esq.)

A intenção é que, semanalmente, Valcke faça reuniões na Fifa, nas quais irá relatar o que foi visto nas visitas ao Brasil, e que ele seja informado pelos integrantes do COL e do governo sobre o andamento de obras em estádios.

Além de ser notificado sobre o cronograma de trabalhos para a melhora da rede hoteleira, nos aeroportos e de trânsito nas cidades-sedes.

Esses pontos são listados hoje como maiores preocupações da Fifa para a realização do evento no Brasil.

Outro problema está no atraso das obras do estádio de Recife, a Arena Pernambuco. Há preocupação de que o local não esteja concluído para a Copa das Confederações, que será disputada em junho do ano que vem.

"Isso talvez seja definido na minha próxima vinda. Não há um problema com a Fifa para a Copa do Mundo. A questão é a Copa das Confederações. Se quero começar a vender ingresso para a competição, eu preciso saber quantos ingressos poderei vender e para onde exatamente, qual estádio. Esse é o único problema. Bem simples", disse Valcke.

O presidente do comitê local da Copa e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, disse que o prazo será cumprido.

"Conversei com o [governador de Pernambuco,] Eduardo Campos, que me garantiu que tudo estará pronto a tempo", afirmou Marin.

Ele comentou estar preocupado com a violência entre torcedores nos estádios do país e que amanhã se reunirá com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, para falar sobre o amistoso da seleção contra a África do Sul, que será no dia 7 de setembro, no estádio do Morumbi.