Publicado em 12/10/2022 às 12:04, Atualizado em 11/10/2022 às 23:19
Ex-treinador da Seleção Brasileira não fala com Galvão desde o fatídico 7 a 1, na Copa do Mundo de 2014
O 7 a 1 deixou marcas difíceis de serem cicatrizadas. Treinador da Seleção Brasileira em 2014, Luiz Felipe Scolari se negou a fazer as pazes com o locutor esportivo Galvão Bueno. Além disso, ele não aceitou o pedido de gravação do Globoplay para participar do documentário sobre a vida do narrador, que será lançado em fevereiro do próximo ano.
Os produtores do documentário têm buscado diversas personalidades do esporte, inclusive as que Galvão possui algum tipo de desentendimento, para participar do que será uma minissérie de cinco episódios.
Galvão Bueno pintou rua de São Paulo com as cores da seleção brasileira. Foto: Divulgação / Estadão Galvão Bueno resgata tradição brasileira e pinta rua de São Paulo com as cores da seleção
Algumas respostas de figuras do esporte foram positivas. Caso de Zinho, tetracampeão mundial com a Seleção, que aceitou o convite e deve falar sobre as polêmicas com o narrador, que o criticou veementemente durante a Copa do Mundo de 1994.
No caso de Felipão, os produtores queriam a participação do treinador, atualmente sob o comando do Athletico-PR, para contar um pouco sobre os bastidores do Penta, conquistado em 2002.
Além disso, Galvão pediria desculpas para o técnico, por conta de algumas críticas feitas após o 7 a 1 sofrido para a Alemanha, no Mundial de 2014.
Em um editorial no Jornal Nacional, publicado no mesmo dia da derrota para a Holanda, por 3 a 0, válida pela disputa pelo terceiro lugar na competição, o narrador disse que o Brasil não teve time para chegar na final e que a derrota não havia sido por conta de um apagão, e sim uma 'consequência de um trabalho que não deu certo'.
Mesmo que indiretamente, Felipão não gostou da declaração de Galvão. Desde então, o treinador recusa participações em programas e em entrevistas com o locutor esportivo.
Pouco antes da Copa de 2018, o técnico abriu o jogo em entrevista para André Henning, locutor, na época, do Esporte Interativo.
"Teve um colega seu, de TV, que passou dez minutos depois do jogo apontando para mim. Hoje eu não falo para esse senhor, no caso, o Galvão Bueno. Enquanto ele achar que é o todo-poderoso, um Deus, e que pode fazer aquilo que fez comigo, me jogando contra a torcida, eu fico aqui", declarou.
Ao portal Notícias da TV, a assessoria de Felipão confirmou a recusa do treinador e ressaltou que "cada um segue o seu caminho".