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06/09/2016 às 15:02, Atualizado em 06/09/2016 às 17:16

Japonês da Federal volta a escoltar presos da Lava Jato

Segundo a PF, Ishii cobriu a falta de um funcionário da corporação

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Divulgação

O agente Newton Ishii, conhecido como ‘japonês da federal’, voltou a fazer atividades externas para a Polícia Federal (PF). Depois de condenado a 4 anos e 2 meses de prisão por facilitar a entrada de contrabando no país, Ishii foi visto nesta terça (6) e segunda-feira (5), de volta na função de escolta de presos da Lava Jato. Ele usa uma tornozeleira eletrônica.

Ex-chefe do setor da Carceragem da PF em Curitiba, Ishii acompanhou o pecuarista José Carlos Bumlai nesta terça e também fez escolta do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro nessa segunda.

Segundo a PF, Ishii cobriu a falta de um funcionário da corporação. Como ele continua em atividade interna, e não há determinação judicial quanto ao trabalho, ele também pode fazer atividades externas eventualmente.

De acordo com a decisão da Justiça, o ‘Japonês da Federal’ não pode sair de Curitiba sem autorização, deve estar em sua residência entre 23h e 5h durante a semana. Nos fins de semana, Ishii não pode sair de casa. O monitoramento vai continuar até outubro, quando o regime da pena será revisto.

Prisão

O agente federal Newton Ishii, o “Japonês da Federal”, conhecido por aparecer em fotos ao lado de presos da Operação Lava Jato, foi preso em Curitiba em junho deste ano. O mandado de prisão foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O agente da Polícia Federal (PF) foi condenado por facilitação de contrabando a quatro anos e dois meses de prisão no processo da Operação Sucuri, deflagrada em 2003. Na época, ele ficou quatro meses preso, mas recorreu e respondeu em liberdade.

O agente chegou a ser afastado dos serviços pela própria Polícia Federal, sem prejuízo em seus vencimentos, mas o Tribunal de Contas da União determinou seu retorno ao trabalho. Ishii é Chefe do Núcleo de Operações da Superintendência da PF do Paraná e responsável pela escolta de presos.

Segundo a denúncia, os servidores públicos “se omitiam de forma consciente e voluntária, de fiscalizar os veículos cujas placas lhes eram previamente informadas, ou realizavam fiscalização ficta, abordando os veículos para simular uma fiscalização sem a apreensão de qualquer mercadoria“.

Newton Ishii recorreu da decisão, mas o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento de recurso Especial, manteve a condenação dos agentes envolvidos.

Como é réu primário, Ishii deve cumprir um sexto da pena, o equivalente a oito meses e 10 dias e de acordo com o Oswaldo de Mello Junior, advogado de Ishii, o restante da pena é cumprido em regime aberto, com tornozeleira eletrônica, porque não existe unidade de regime semiaberto em Foz do Iguaçu.

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